segunda-feira, 1 de junho de 2009

Camoes e Autores de sua Época

Comparação de Camões                 

                   Com Autores de Sua Época. 

Camões, autor Português, viveu na época do Renascimento e pertencia à estética literária do Classicismo.

As principais obras do Classicismo foram desenvolvidas em dois países: Portugal e Itália.

     Em Portugal, o momento histórico vivido pela Disnatia de Avis (a centralização do poder, as grandes navegações, o comércio) é propicio aos novos tempos que sopram da Itália. Já no final do século XV (1487) é introduzida à imprensa em Portugal, o que possibilita a divulgação das obras de autores humanistas italianos, como Dante Alighieri, Francesco Petrarca e Giovanni Boccaccio.    

           Entre os autores Portugueses de forte inclinação humanista destacam-se os historiadores João de Barros, Damião de Góis e Fernão Mendes Pinto; entre os autores tipicamente renascentistas, estão Sá de Miranda, Antônio Ferreira e Camões.

           A obra de Camões é composta de poesias lírica, uma épica, três peças para teatro e algumas cartas.

            Camões é tradicionalmente considerado o maior poeta lírico português. A sua poesia lírica é marcada por uma dualidade: inclusive escritos em redondilhas; ora são poesias perfeitamente enquadradas no estilo novo do Renascimento. Enquadram-se neste último caso os belíssimos e famosos sonetos camonianos.  


por: Juan Campos

quinta-feira, 28 de maio de 2009

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Programação da semana do livro C.A. João XXIII




Por Barbara do Amaral e Grupo 

Conteudo de Poemas de mesmo objetivo

Estes poemas retratam a visão de mundo de camões onde O poeta amaldiçoa o dia em que nasceu  e nos alerta para o comodismo da sociedade que cada dia cresce mais 




Por: Imbroisi/Sr.Polemico

terça-feira, 26 de maio de 2009

Brilhantismo de Camões

Camões é um poeta que influenciou a sociedade de sua época, e ainda influencia, com seus poemas e obras. É importante estudar sobre este poeta, para compreender melhor a vida e a época em que este compôs os suas obras.
Este poeta trás composições complexas e profundas, que por sua complexidade, é muitas vezes mal interpretada, criando uma certa antipatia ao autor. Mas é de fundamental importância no estudo da poesia, de modo geral.
Camões compôs vários poemas em redondilhas e sonetos, o que é fundamental ao estudo no ensino médio (esta preocupação com a métrica vem do século XVI, em que vigorava o classicismo). Ele utiliza várias figuras de linguagem, críticas e sarcasmo em seus poemas, o que traz um ar de revolta do eu-lírico ao leitor.
No pism (programa de ingresso seletivo misto) Camões é de suma importância, pois uma vez estudado sobre ele, facilita o entendimento dos poemas que poderão cair nas provas.
ESTUDEM SOBRE CAMÕES!!!! E vejam o quão brilhante um poeta pode ser!

Estêvão de Mendonça Rocha

VOCÊ PRECISA SABER

O Classicismo era a estética literária de Camões. Sobre esse estilo de época é importante saber: que ocorreu numa época de muitas mudanças(final do sec. XV
a meados do XVI), vindas do renascimento da cultura greco-romana que ocorria naquele momento; tais mudanças levaram a um choque entre teocentrismo e antropocentrismo e essa dualidade era o centro de todas as discussões filosóficas-culturais da época; as pessoas viviam num contexto de muitas inovações; as obras literárias seguiam os modelos da antigüidade clássica, com clara influência de autores e pensadores, como Sócrates, Aristóteles, Platão, Dirceu, Virgílio, Cícero, Homero, entre outros; as produções artísticas faziam alusão a personagens mitológicos e aos deuses da cultura greco-romana; nos poemas havia uma forte preocupação com a métrica regular(Camões escreveu sempre em redondilhas ou em decassílabos) e com o formato do poema, predominando as liras e os sonetos.
Enfim isso resume os pontos mais importantes que você deve pesquisar sobre o Classicismo, principalmente se você for candidato a uma vaga em universidades federais.

por:thallis macedo

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Quando me quer enganar

Hoje meu grupo Alaxmandriel,Janay,Tamires,Simone,Estevao,Jhonatan e Thalhis postaremos sobre o outro poema que fizemos no trabalho que é:


Quando me quer enganar                           

Poesias de Luís Vaz de Camões

Quando me quer enganar 
A minha bela perjura, 
Pera mais me confirmar 
O que quer certificar, 
Pelos seus olhos mo jura. 
Como meu contentamento 
Todo se rege por eles, 
Imagina o pensamento 
Que se faz agravo a eles 
Não crer tão grão juramento.

Porém, como em casos tais 
Ando já visto e corrente, 
Sem outros certos sinais, 
Quanto me ela jura mais, 
Tanto mais cuido que mente. 
Então, vendo-lhe ofender 
Uns tais olhos como aqueles, 
Deixo-me antes tudo crer, 
Só pela não constranger 
A jurar falso por eles



Comentario: Esse poema é muito interesante para ler e muito indicativo.


Postem comentarios sobre esse poema leian e vejan como ele é interesante.


Alaxmandriel de Castro Tavares

Camões uma analise um aprendisado

   Quando comecei a estudar Camões, nunca imaginei que o mesmo tivera sido um homem de tão belas palavras. Mesmo falando de suas loucas paixões era tão delicado em seus poemas, o que mostra que tinha um grande conhecimento, era um homem muito além de sua época.

   Só não imaginava que em um de seus poemas, Camões iria usar seus conhecimentos e de seu tempo para contar uma história que muito me comove, a história de Jacó.

   Não vim aqui para escrever sobre minha religião, muito menos para falar o que acho certo ou errado, estou escrevendo para lhes explicar um poema que garanto, muitos não conhecem a história.

Sete anos de pastor Jacó servia

Sete anos de pastor Jacó servia
Labão, pai de Raquel serrana bela,
Mas não servia ao pai, servia a ela, 

Que a ela só por prêmio pretendia.                                                               


Os dias na esperança de um só dia
Passava, contentando-se com vê-la:
Porém o pai usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe deu a Lia.

Vendo o triste pastor que com enganos
Assim lhe era negada a sua pastora,
Como se a não tivera merecida,

Começou a servir outros sete anos,
Dizendo: Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida.                                

 

 

   A história desse soneto está em um livro da Bíblia, Gênesis ( capítulo 29), mas contarei um pouco antes para que conheçam um pouco de Jacó.

   Jacó foi filho de Isaque e Rebeca, tinha um irmão mais velho chamado Esaú. Isaque envelheceu e perdeu a visão, sabendo que sua morte não demoraria pediu a seu filho mais velho que caçasse um animal e fizesse uma comida saborosa para ele comer e em seguida o abençoaria. Porém Rebeca escutou quando Isaque falava ao seu filho Esaú, e logo foi dizer a Jacó, seu preferido, que ela faria o guisado saboroso, e ele vestido de pele de animal, para disfarçar, pois seu irmão era muito peludo, levaria a comida para receber a bênção.

   Depois de descobrirem a traição, Esaú ficou enraivecido com o irmão, então o pai e a mãe mandaram o filho Jacó para a casa de Labão, seu tio, na terra do Oriente onde Jacó entra em contato com Raquel (primeiramente) e Lia (ou Léia).

   Ficou um mês servindo a seu tio. Depois desse tempo, Labão não achava certo que Jacó trabalhasse de graça então perguntou ao rapaz o que ele queria receber pelo seu trabalho, então Jacó respondeu: -“trabalharei sete anos para o senhor a fim de poder casar com Raquel.”, pois ele a amava desde o momento em que a viu.

   A Bíblia relata que Jacó amava tanto Raquel que os sete anos pareceram-lhe poucos dias. De fato, esses anos servindo como pastor é a proposta feita por Jacó a seu tio Labão, a fim de receber, em casamento, a jovem Raquel, de quem se apaixonou. “Mas”, afirma o sujeito lírico, “não servia ao pai, servia a ela, / Que a ela só por prêmio pretendia”, como no texto bíblico. Passado os anos, Jacó pediu Raquel para ser sua mulher, foi realizado o casamento, e Labão enganou o sobrinho e lhe entregou a filha mais velha, Léia. Jacó sem saber teve relações com ela e quando amanheceu ele descobriu que não era a sua amada. A desilusão está presente no primeiro terceto, em virtude dos anos perdidos. E foi falar com o seu tio, Labão disse que quem deveria se casar primeiro era a filha mais velha, então eles fizeram outro acordo. Jacó trabalharia mais sete anos para se casar com Raquel, seu grande amor.

   Na Bíblia, o amor é mais superficial, – “Raquel tinha se tornado bela de figura e bela de semblante”; no soneto, há referência não apenas à beleza de Raquel -“serrana bela”-, realçando-se também o sentimento amoroso, no modo como o soneto se inicia e se fecha, “Sete anos de pastor Jacó servia/...Começou a servir outros sete anos, / Dizendo: Mais servira, se não fora/ Para tão longo amor tão curta a vida”. O Jacó de Camões confirma a escolha de seu amor ao abrir e fechar o soneto com a alusão aos sete anos e ao verbo que atravessa todo o poema, “servir”, indicador de sua fidelidade amorosa.

   Um fato percebido por nós é o de que há duas visões no soneto: de um lado, a das tradições bíblicas com que o pai, em lugar de Raquel, oferece a filha mais velha, de outro, a de Jacó, figura muito próxima do estilo renascentista.

 

Simone de Albuquerque Martins e Janay Ceribeli Nascimento

Alegria com a Tamires

Hoje temos muitos meios de pesquisa , quando queremos conhecer algo melhor podemos recorrer a vários tipos de mídias : internet , livros , vídeos ... Falando em vídeos , e não fugindo do assunto do blog , aqui está um video editado pela equipe de organização do blog , que é “uma entrevista com o ilustre poeta português Luis Vás de Camões ”, espero que vocês gostem :


Jhonatan Brandel de Souza


sexta-feira, 22 de maio de 2009

Opinião sobre o poema Descalça vai para a fonte

Opa! Olha eu chegando aí, pra comentar sobre esse poema de Camões: "Descalça vai para fonte ".
O autor descreve o simples fato de uma  mulher ir à uma fonte, e a simplicidade dessa, chama sua atenção, mesmo descalça, com um pote na cabeça, ele não deixa de apreciar sua beleza. Não sabemos se ele já a conhecia, se já a observava há algum tempo, mas a questão é que ela não precisou estar vestida com os mais belos vestidos para se tornar a musa inspiradora desse poema, mesmo simples e descalça ela chamou sua atenção.
Cada mínimo detalhe na bela moça, para ele, era mais uma qualidade que ela obtinha. Seu laço na cabeça era para suportar o peso do pote, mas para ele, era um artificio de beleza, se ele pudesse comparar, ele diria que ela era a mais bela de todas as belas, tinha beleza, tinha graça. Em um campo de lindas flores, seria ela que se distacaria, aquela em que um jardineiro teria pena de ao menos podá-la, com medo de que ela morresse e não viesse a nascer mais belas flores como aquela. Era bela, simples e única.
TODO MUNDO ESTA  CONVIDADO A POSTAR NESTE BLOG, E POR FAVOR FAÇA ISSO !!!!!!!!!
 Ramom Bretas Dias XD

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Uma nova visão




 

  Desde que nasceu em mim a “sede” de leitura( e não me pergunte como...), que Camões não é a minha “praia”, ou melhor, poesia não se encontra na minha lista de preferências(apesar de quando criança ter arriscado alguns versinhos, que claro, ficaram horríveis, porque eram rimas do tipo: amor com dor; paixão com caminhão; e por aí vai....).Assim também, há muito tempo e pra muito de nós, poesias de Gregório de Matos(o carma do ano passado pra galera do PISM I) ou Luis Vaz de Camões, são sinônimos de caretice, idiotice, chatice, entre outros. Diante desta nossa concepção, reclamam do nosso gênio difícil falando do pouco faro dos jovens para a verdadeira cultura nacional. Daí então vem a minha crítica(construtiva,ok?!): Temos parte, é claro, nesta reclamação feita a nós, pois na maioria das vezes, relegamos as obras a serem trabalhadas para o segundo plano só pelo nome tradicional do autor. Mas os nossos queridos professores( e eu não estou ironizando...), tem sua parcela de culpa nesta nossa antipatia por Camões e coisas do gênero. Ao invés de optarem por um estudo mais atrativo, escolhem faze-lo de modo cansativo, com trabalhos longos e chatos, que não nos concede outra opção que não seja odiar.

    Bom, mas esta idéia poderia mudar se nossos olhos se voltassem mais  para as belezas do poema em detrimento dos “defeitos” deste. Luis Vaz de Camões em vários de seus poemas traz grandes versões do amor(olha que eu nem sou fã de poesias...), ou até mesmo temas atuais, como o de título “Ao desconcerto do Mundo”.Outro poema belíssimo, especialmente pra os amantes da paixão ardente, pode-se citar o texto “Amor é um fogo que arde sem se ver”. Ou ainda, agora para os fãs do amor paciente, o poema “Sete anos de pastor Jacó servia”, usando de um tema bíblico e transformando em lindos versos. E esses temas, seja de amor ou tempo, trazem as mais diversas mensagens e objetivos.

    Temos, por mais difícil que seja, reconhecer e aplaudir a inspiração  que autores como Camões tem.É sábio reconhecer a complicação que deve ser organizar as mais variadas frases e palavras em sonetos, esquemas rimáticos ou métricas regulares. Ou ainda usar de figuras de linguagem adequadas ao contexto e apartir daí ainda ter que agradar gregos e troianos. Olhando a maior comunidade relacionada a Camões no site de relacionamento Orkut, vi 8.975 pessoas dizerem que são amantes de suas obras. E aí me perguntei: Por que todas elas gostam tanto desse grande personagem da literatura brasileira? E a certificação: alguma coisa ele deve ter de bom, concordam?

      Então, que os nossos olhos sejam menos rigorosos a Camões, nossa mente mais aberta a suas obras, nosso instinto ódio a primeira vista menos aguçados e quem sabe assim, possamos ao final afirmar:

              Não é que esse cara é até legalzinho!

   Oh, que satisfação será!!!!

        Tamires Cristina da Silva

 

Gostaram? Então não deixem de comentar sobre o texto e acompanhar o nosso blog!

 

quarta-feira, 20 de maio de 2009

“Quando o poeta ergueu a espada.”

Pedindo desculpas pelo atraso deste texto (e esperando não perder nota pela pontualidade hehehe) damos início à segunda parte da biografia de Luis de Camões. Em nosso último encontro, prometi contar especialmente em um texto o período militar da vida de nosso poeta.

   Quando era jovem, Camões iniciou sua carreira militar em uma expedição para Ceuta, onde perdeu o olho direito ao ser atingido por uma flecha. Em regresso a Lisboa, Camões declina à vida boêmia (pelo que dizem as “más línguas”) e no feriado de Corpus Christi de 1552 fere em uma briga, Gonçalo Borges (um ilustre desconhecido desses da história) e é preso.

   Ao pedir perdão através de uma carta, o poeta consegue a liberdade, mas embarca em 1553 na armada de Fernão Álvares de Cabral para a cidade de Goa, na Índia. Após esse período, Camões foi enviado para Macau, onde escreveu grande parte de “Os Lusíadas”, morando em uma gruta. Nessa época, acontece também um naufrágio, no qual Camões perde a esposa chinesa Dinamene, conseguindo salvar somente um manuscrito da mais famosa de suas obras.

   Após anos longe de Portugal e algumas suspeitas de corrupção no cargo que exercia na China, Luís Vaz de Camões consegue voltar a sua terra natal, onde vive seus últimos dez anos de vida.

   Enfim, a grande questão que se passa neste ponto do nosso texto é: “Uma vida tão cheia de aventuras e provações teria influenciado na obra literária do maior dos poetas portugueses?”. Pessoalmente, acredito que sim. Uma mente como a de Camões foi capaz de desenvolver textos de grandiosa beleza e riqueza poética, graças à experiência de vida que o homem Luis de Camões acumulou após anos de sofrimento e reflexão sobre as questões de vida, morte, amor e etc...

Opine você também! Diga-nos, você concorda com a afirmação que eu fiz acima? Vamos refletir juntos sobre essa etapa da vida do grande poeta português. Participe deste blog!! Abraços... Renan =D

Descalça vai para a fonte



 
Descalça vai para a fonte
Lianor pela verdura;
Vai fermosa, e não segura.
 
Leva na cabeça o pote,
O testo nas mãos de prata,
Cinta de fina escarlata,
Sainho de chamelote;
Traz a vasquinha de cote,
Mais branca que a neve pura.
Vai fermosa e não segura.
 
Descobre a touca a garganta,
Cabelos de ouro entrançado
Fita de cor de encarnado,
Tão linda que o mundo espanta.
Chove nela graça tanta,
Que dá graça à fermosura.
Vai fermosa e não segura.
 
                  Luís de Camões

 

 

 

 

Descalça vai para a fonte, é um poema com métrica em redondilha maior, com três estrofes: uma com três versos e as outras duas com sete versos. As rimas são regulares, em ABB; ABBAABB; ABBAABB. Usa linguagem literária para descrever o modo como uma mulher vai a fonte. Para fazer essa descrição o autor define exatamente como a mulher se vestia e como se portava, descrevendo as suas roupas e o modo como andava.

As imagens do poema, por conta de sua descrição muito detalhista, são bem claras e até óbvias. A todo tempo o leitor é levado a imaginar uma bonita mulher caminhando para uma fonte. A organização do poema quanto o discurso descritivo é definida por primeiramente o tema, depois a descrição propriamente dita e a conclusão.

Amanhã apresentaremos comentários acerca do tema tratado neste mesmo poema!

Por.: Mariana Reis

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Alma minha gentil que te partiste - Analise



1. Alma minha gentil que te partiste
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etério, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te;

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
(Luís Vaz de Camões)


Hoje, dia 18/05 o meu grupo, contendo os seguintes integrantes: Janay (eu), Tamires, Simone, Thallis, Estevão, Jhonatan e Alaxmandriel irá começar a postar estudos, comentários sobre Camões e sua obra até o dia 25/05.
Um breve estudo e comentário sobre o poema acima:
“Alma minha gentil que te partiste”, de Luís Vaz de Camões é um texto argumentativo, do gênero poesia, possui linguagem literária, pois são repletas de palavras conotativas que tendem a pluralidade de sentidos e a subjetividade. A sua organização gráfico visual, ou seja, sua forma é um soneto de rima e métrica regular, cujo esquema rimático é ABBA-ABBA-ABA-ABA.
Neste poema percebe-se o sujeito lírico em primeira pessoa, porém, não é possível distinguir nas palavras do poema se o eu lírico está na forma masculina ou feminina. Este é uma pessoa apaixonada que diante da perda de seu amor está grandemente entristecido, e para exprimir tais sentimentos usa de figuras de linguagem como eufemismo (“Repousa lá no céu”), que suaviza o sentimento real de morte; inversão (“Que já nos olhos meus tão puro viste”); catacrese (“Não te esqueças daquele amor ardente”); e metáfora (“da magoa, sem remédio,de perder-te”). A tristeza do eu-lírico é tão grande que sua argumentação se baseia no pedido de morte, pois assim, ele poderia encontrar a sua amada, objetivando mostrar quanto sofre pela morte desta. O conteúdo, como estratégia discursiva, pode ser dividido em três partes: na primeira é narrado o fato ocorrido, na segunda, o eu lírico lamenta e faz um pedido para a amada e por fim, na terceira parte, ele pede para morrer, para assim se encontrar com o ser que domina os seus sentimentos.
Quanto à concepção de amor, vida e mulher, nós entendemos que a mulher é um ser idealizado (levando em consideração que neste poema o sujeito lírico seja masculino), que merece todo amor do eu-lírico e que a vida não tem razão quando não se pode viver esse amor. As imagens principais vindas na leitura do poema acima são de paixão incessante, olhos, tristeza, entre outras. Nota-se que neste poema, as idéias levam mais a um plano ilusório. É importante também notar que em todas as manifestações de paixão, o amor é colocado como principal fundamento.
Na opinião do grupo, o tema abordado é bem interessante e há uma boa estruturação por trás disso que contribui para o sucesso do poema. São bem usadas as figuras de linguagem, a linguagem literária, o sujeito-lírico entre outros, que em conjunto permitem que se leve uma boa mensagem. E a leitura é agradável e contagiante.

Janay Ceribeli Nascimento e Tamires Cristina da Silva


Se quiser saber mais sobre o poema assista ao vídeo no YouTube

Vida e obra de Camões e programação das postagens do grupo

Dando início à participação do grupo: Renan, Mariana, Juan, Ramom e Victor neste blog, apresentamos o seguinte roteiro de postagens de textos relacionados à vida e obra do poeta Camões:
• 18 de maio de 2009: “Vida e morte de Camões.”
• 19 de maio de 2009: “Quando o poeta ergueu a espada.”
• 20 de maio de 2009: “Propriedades técnicas do poema: ‘Descalça vai para a fonte’.”
• 21 de maio de 2009: “Comentário do poema ‘Descalça vai para a fonte’.”
• 22 de maio de 2009: “Propriedades técnicas do poema ‘Tanto do meu estado me acho incerto’.”
• 23 de maio de 2009: “Comentário do poema ‘Tanto do meu estado me acho incerto’.”
• 24 de maio de 2009: “Camões X Outros autores da época”
• 25 de maio de 2009: “A contemporaneidade dos poemas de Camões”
O grupo espera que o leitor reflita sobre o tema, e por isso, recomenda que acompanhe-nos todos os dias na leitura dos textos neste blog!

Vida e Morte de Camões
Luis Vaz de Camões é considerado por muitos o maior poeta da língua portuguesa, sendo comparado a personalidades como Dante e Shakespeare. Entre outras, a mais conhecida obra do português foi “Os Lusíadas”, publicada em 1572 e famosa por ilustrar parte da história de Portugal.
Filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá e Macedo, o poeta possuiu parentesco por parte da família de sua mãe com o próprio Vasco da Gama, talvez isso tenha sido uma das motivações do autor ao escrever “Os Lusíadas”.
Especula-se que, em sua juventude, Camões tenha frequentado a corte de Dom João III, e nessa época teria também conquistado já alguma fama de poeta. Para uma melhor compreensão do período em que Camões atuou na guerrilha, neste momento “saltamos” essa parte da história prometendo contá-la com mais detalhes no próximo texto.
Nos direcionamos agora para o fim que levou o grande poeta. O ano era 1580, e nosso herói já estava de volta para Portugal, após anos longe de sua terra. Os restos mortais do autor se encontram hoje no Mosteiro dos Jerónimos, juntamente com suas armas.
Camões foi sem dúvida um grande autor. Seus poemas são até hoje apreciados por muitos, e inclusive, adotados em provas de vestibular. Ler Camões é de suma importância para o bom entendimento e a boa compreensão da história de Portugal, além de ser um bom auxílio na análise da escola literária do Classicismo.
Por hoje é só. Mas não se esqueça de continuar acompanhando o blog, pois amanhã comentaremos a trajetória militar de Camões e discutir se isso pode ou não ter influenciado em sua obra. Ah, e não deixem e comentar as postagens! Abraço...
Renan Porcaro de Bretas =D